quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CRESANS representa a regional de Foz do Iguaçu no CONSEA/PR

O CONSEA/PR é composto por 36 representantes, sendo dois terços de entidades da sociedade civil organizada e um terço ligados ao governo. Entre suas atribuições estão promover formação em segurança alimentar, articular ações nessa área, apresentar proposições de políticas públicas e exercer o controle social e monitoramento da execução das ações.
Durante a III Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná foram homologados os novos conselheiros, representantes da sociedade civil, para compor o CONSEA/PR. Os conselheiros foram eleitos a partir das conferências municipais e regionais de SAN.
No dia 12 de dezembro estará ocorrendo em Curitiba a tomada de posse dos novos conselheiros. A regional de Foz do Iguaçu estará representada pelo Instituto Harpia Harpyia, através do Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - CRESANS Tembi'u Porã, como titular e a Associação dos Nutricionistas do Oeste do Paraná como suplente.
O CRESANS também faz parte dos conselhos municipais e regionais de SAN de Foz do Iguaçu.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dia Mundial do Diabetes

O dia 14 de novembro é o dia Mundial do Diabetes. Todo ano se trabalha um tema, neste ano os temas escolhidos por voto popular foram: “O diabetes mata uma pessoa a cada 8 segundos” e “O diabetes não discrimina: pode ocorrer em jovens ou idosos; ricos ou pobres; homens ou mulheres”. Várias atividades estão ocorrendo em todo o Brasil.
O Dia Mundial do Diabetes é divulgado em todo o mundo e envolve mais de 200 associações da IDF (International Diabetes Federation) em mais de 160 países e territórios. Além disso, todos os estados membros das Nações Unidas, bem como outras associações e organizações, empresas, profissionais de saúde e pessoas vivendo dom diabetes e suas famílias.
O Diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada por um aumento anormal da glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde. De acordo com a causa pode ser classificada em diabetes Tipo I, diabetes Tipo II e diabetes gestacional.
O diabetes Tipo I é uma doença auto-imune idiopática, onde as células beta produtoras de insulina são destruídas. O Diabetes Tipo I surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. No geral, é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas ela pode surgir em qualquer idade. Os sintomas são: Vontade de urinar diversas vezes; Fome frequente; Sede constante; Perda de peso; Fraqueza; Fadiga; Nervosismo; Mudanças de humor; Náusea; Vômito .
O diabetes Tipo II possui um fator hereditário maior do que no tipo I. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos. Neste tipo de diabetes existe uma contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sanguínea. Esta anomalia é chamada de "resistência Insulínica". Os principais sintomas são: Infecções frequentes; Alteração visual (visão embaçada); Dificuldade na cicatrização de feridas; Formigamento nos pés; Furunculose.
O diabetes Tipo II é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o Tipo I e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto.
Os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes são: Idade acima de 45 anos; Obesidade; História familiar de diabetes em parentes de 1° grau; Diabetes gestacional ou macrossomia prévia; Hipertensão arterial sistêmica; Colesteroal HDL abaixo de 35mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250mg/dl; Alterações prévias da regulação da glicose; Indivíduos membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos e indígenas).
As complicações causadas pelo diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue. A principais complicações agudas são: Cetoacidose diabética, Cegueira, Hiperglicemia, Coma Diabético, Amputação. Entre as complicações crônicas destacam-se: Aterosclerose, Retinopatia diabética, Hipertensão arterial sistêmica, Tromboses e coágulos na corrente sanguínea, Síndrome do pé diabético, Problemas renais (como insuficiência renal progressiva), Problemas neurológicos. A frequência de problemas cardíacos como AVC e Ataque cardíaco são entre 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes.
Respeite os limites de sua glicose! mantenha dentro da faixa de normalidade que é 99 mg/dl. As complicações do diabetes são menos comuns e severas nas pessoas que possuem os níveis glicêmicos controlados. Para isso, mantenha uma dieta adequada; tenha uma vida ativa, mais do que simplesmente exercícios e também utilize os medicamentos (hipoglicemiantes orais e insulina) quando indicados por um profissional e monitore os níveis de glicose e hemoglobina glicada regularmente.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Alimento Seguro - Como Mantê-lo no Verão
 
 
De acordo com a lei 11.346/06 a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Hoje vamos abordar um eixo da segurança alimentar e nutricional, a contaminação alimentar.
As doenças transmitidas por alimentos são mais comuns do que muitos imaginam, segundo o ministério da saúde este tipo de doença é responsável por cerca de 13 mil doentes todo ano.
Os sintomas não ocorrem logo após o consumo do alimento contaminado, por isso muitos não associam a doença com o alimento, e quando associam geralmente são com os alimentos ingeridos fora de casa. Mas muitas vezes o problema está na própria residência. Dados da secretaria de vigilância em saúde apontam que 45% das contaminações ocorrem nas residências, 19,7% em restaurantes e 10,7% em instituições de ensino.
Para evitar a contaminação dos alimentos por microorganismo patogênicos é necessário que o consumidor tome cuidados que vão desde a compra até o preparo dos alimentos. Abaixo estão listados as “10 Regras de Ouro” da Organização Mundial de Saúde para a preparação higiênica dos alimentos.
- Escolher alimentos tratados por métodos higiênicos – o consumidor deve conhecer a procedência comercial do alimento que consome. É fundamental verificar se o supermercado ou estabelecimento apresenta condições adequadas de conservação dos alimentos. Muitos alimentos são melhores em estado natural, mas outros só são seguros quando tratados, por exemplo, o leite pasteurizado em vez do leite cru.
- Cozinhar bem os alimentos – Muitos alimentos crus, estão geralmente muito contaminado por agentes patogênicos. Um cozimento a uma temperatura acima de 70ºC consegue matar a maioria dos microorganismos. O total cozimento acontece quando à mudança de cor e textura na parte interna do alimento;
- Consumir os alimentos cozidos quando ainda quentes - Em condições ideais uma única bactéria pode se multiplicar em 130 mil em apenas seis horas. Temperaturas abaixo de 5ºC e acima de 60ºC retarda a multiplicação, por esse motivo, os alimentos cozidos não devem ficar por mais de duas horas à temperatura ambiente. Para não se correr perigos desnecessário, os alimentos devem ser consumidos imediatamente após o cozimento;
- Guardar adequadamente os alimentos cozidos quando destinados ao consumo posterior – Os alimentos devem ser guardados em condições de calor (acima de 60ºC) ou de frio (abaixo de 10ºC). Esta regra é fundamental para guardar comida por mais de 4 ou 5 horas. Quando se guarda alimentos quentes em excesso na geladeira, os alimentos cozidos não podem ser resfriados internamente tão rápido quanto o desejado. Se o centro do alimento permanece quente por um período longo, os microorganismo proliferam e alcançam rapidamente uma concentração suficiente para causar patologias.
- Reaquecer bem, antes de consumir, os alimentos cozidos que tenham sido refrigerados ou congelados – Esta regra é a melhor medida de proteção contra os microorganismos que podem ter proliferado durante o armazenamento. No reaquecimento todas as partes do alimento devem atingir a temperatura de 70ºC.
- Evitar o contato entre os alimentos crus e os cozidos – A contaminação de alimentos cozidos por alimentos crus chama-se contaminação cruzada. Esta contaminação pode ser direta, quando o alimento cru entra em contato com alimentos cozidos. E também pode ser através da contaminação do alimento cozido no ato de utilizar a mesma tábua e os mesmos talheres que foi utilizada para preparar o alimento cru.
- Lavar as mãos com frequência – As mãos devem ser lavadas antes de se iniciar o preparo dos alimentos e após qualquer interrupção. Se estiver preparando alimentos crus como pescados, carne ou frango, se deve lavar as mãos antes de manipular outros alimentos. Em caso de infecção das mãos, deve-se usar luvas.
- Manter rigorosamente limpas todas as superfícies da cozinha – Convém manter-se limpas todas as superfícies utilizadas para preparar os alimentos. Qualquer migalha ou mancha pode ser um reservatório de microorganismos.
- Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais – Os animais carregam patógenos que originam doenças alimentares. A melhor medida de proteção é guardar os alimentos em recipientes bem fechados.
- Utilizar água potável – A água para a preparação dos alimentos é tão importante quando a de beber. Se a fonte de água não for confiável, deve-se ferver antes de utilizá-la nos alimentos ou de transformá-la em gelo. É fundamental limpar as caixas d'água de 6 em 6 meses.

Estas e outras informações sobre Alimentos Seguros são encontradas na RDC 216/2004, que regulamenta os procedimentos para a Manipulação de Alimentos em estabelecimentos comerciais, que foi elaborado pela ANVISA.


Referências Bibliográficas:
Secretaria de Vigilância em Saúde. Análise Epidemiológica dos Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. 2008. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/surtos_dta_15.pdf>. Acesso em 13 mai. 2011.